Se a presidente Dilma Roussef (PT) tiver o mandato cassado, o Brasil vai entrar em uma escalada de retrocesso, muito parecido com o cenário que precedeu ao golpe militar de 1964.
Com Michel Temer (PMDB) no comando, o Palácio do Planalto ficará à mercê de Eduardo Cunha, Renan Calheiros e do professor de todos eles – José Sarney.
Será o retorno da UDN, da Arena e do PDS, materializados nas velhas práticas coronelistas, clientelistas e da corrupção. Algo muito pior que o PT.
José Sarney ganhará fôlego nos velhos esquemas do PMDB e terá sua fatia nos ministérios.
Esse cenário é altamente prejudicial ao Maranhão.
Os avanços conquistados com a eleição do governador Flávio Dino (PCdoB) serão alvo de boicote no governo federal.
No Palácio do Planalto, José Sarney vai conspirar dia e noite contra os interesses do Maranhão, com o único objetivo de desgastar o governo Dino.
Outra ação de Sarney será o controle da bancada de deputados federais e senadores do Maranhão, mediante a oferta de favores e cargos nos ministérios.
Nessa perspectiva, o coronel vai fragilizar a relação do governador com os parlamentares, fortalecendo a oposição a Dino.
O oligarca terá especial interesse no Ministério da Justiça, com o objetivo de bloquear as investigações e ações da Polícia Federal que possam alcançar seus familiares.
Assim, Sarney vai pavimentar o pior de todos os cenários: o retorno de Roseana Sarney às disputas eleitorais majoritárias, provavelmente ao Senado, em 2018.
Se o impeachment é ruim para o Brasil, muito pior será para o Maranhão.