Pela segunda vez desde a redemocratização, o Senado Federal tomou a decisão de afastar do cargo um presidente da República eleito pelo voto popular. Na manhã de hoje (12), o Senado aprovou a admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Por 55 votos a 22, os senadores decidiram afastar a petista por 180 dias.
O resultado da votação será publicado no Diário do Senado de hoje. Assim que Dilma for notificada, ela fica oficialmente afastada do cargo. A lei prevê 10 dias para que a Presidência apresente a defesa.
A partir de agora a Comissão Especial do Impeachment do Senado retoma seu trabalho, desta vez analisando o mérito do processo de impeachment e a culpa ou não da presidente agora afastada da República.
Não existe limite de prazo para que a comissão finalize o relatório e encaminhe à votação do plenário. A previsão é que o julgamento final de Dilma aconteça por volta de setembro. Esta sessão será presidida pelo presidente do STF, Ricardo Lewandowscki, caso ele ainda esteja na função, pois Cármen Lúcia assume a presidência do Supremo em setembro.
Os senadores maranhenses Roberto Rocha (PSB) e Edison Lobão (PMDB) se posicionaram à favor do impeachment. João Alberto (PMDB) foi contra.