Nascido em maio de 1974 em São Luís do Maranhão, Marcos Mario Duarte — mais conhecido como Zaid Duarte — é um dos alvos do mandados de prisão da Polícia Federal, entre os 10 que foram expedidos com autorização da Justiça Federal do Paraná, na operação Hastag. Essas foram as primeiras prisões no Brasil por suspeita de ligação com o grupo terrorista Estado Islâmico, que atua no Oriente Médio, mas que tem cometido atentados em várias partes do mundo. Segundo o jornal O Globo, o grupo preso já estava com ações terroristas prontas para serem realizadas durante a Olimpíada no Rio de Janeiro.
Nas redes sociais, Marcos Duarte usa o nome de guerra “Zaid Mohammad Abdul Rahman Duarte”. Convertido ao islamismo há treze anos, o maranhense vive em Amparo (SP) e se declara idealizador, fundador, vice-presidente e Emir da Sociedade Islâmica do Maranhão.
Investigadores monitoraram durante meses dois perfis na internet abastecidos por Zaid: um blog e uma rede social.
Em postagens no blog, Zaid Duarte publica textos de apologia ao Estado Islâmico e ao anti-americanismo. “Eu não sou o primeiro nem o único nem o último muçulmano vivendo num país ocidental vítima de todo tipo de má sorte imposta pela propaganda guerreirista que a mídia sensacionalista pró-guerra sangrenta americana vem travando contra a religião de Allah”, escreveu Zaid Duarte em uma postagem em novembro de 2015.
Assim como Zaid, os demais alvos da operação Hastag foram enquadrados pela Lei Antiterrorismo (13.260), aprovada neste ano pelo Congresso Nacional. Pela lei é crime a realização de atos preparatórios para ataques terroristas.