A família Murad é o retrato de como as oligarquias do Maranhão sempre usaram o dinheiro público do povo pobre do estado para se manter no poder. Com a secretaria de Saúde nas mãos, Ricardo Murad conseguiu eleger a filha Andrea e o genro Sousa Neto para a Assembleia Legislativa com votações estratosféricas em 2014.
Sem as benesses de outrora, Ricardo teve que se deparar com a realidade e acabou sendo o mais derrotado – ao lado dos Sarney – nas eleições de 2018. Candidato a deputado federal, mesmo inelegível, indeferido e inapto, ele insistiu no pleito e saiu humilhado com apenas 23.320 votos. Muito longe de uma possível eleição.
Já a sua filha foi pior ainda. Em 2014, ela usou e abusou de helicópteros, carros conversíveis, tudo pago com o dinheiro da secretaria de saúde. Diante do mundo real, Andrea não mais terá a tribuna da Assembleia para desfilar suas bolsas de grife de mais de R$ 20 mil, já que conseguiu vexatórios 17.233 votos.
O genro Sousa Neto sequer teve coragem de entrar na disputa para a reeleição do seu mandato. Ele anunciou que não concorreria novamente à Assembleia Legislativa 15 dias antes das eleições, para tentar, pelo menos, eleger a cunhada. Não deu.
Desta forma, a família Murad tem decretado o seu fim melancólico na política maranhense. O coronelismo que imperava no estado no passado ficou mesmo para trás.