O Magazine Luiza fechou um contrato de compra de 48 lojas no Pará e no Maranhão da rede Armazém Paraíba, confirmou em nota a varejista regional. Com isso, o Magazine passa a operar no Estado paraense, onde não tinha lojas até então. Segundo uma fonte, a negociação deve ficar entre R$ 150 milhões e R$ 200 milhões.
A Armazém Paraíba não informa os valores do acordo. Para funcionários, a varejista encaminhou uma carta dias atrás, obtida pelo Valor, em que informa que o contrato com o Magazine, no formato de “cessão de pontos”, está sob análise do Cade, o conselho administrativo de defesa da concorrência.
A família controladora Claudino, dona da rede, afirma em seu site ter cerca de 350 pontos no país, e as demais lojas que não foram negociadas com o Magazine continuam controladas pela família. Haverá, porém, uma mudança de foco.
O Armazém Paraíba informou aos empregados na carta que, desde abril, passou a “concentrar as atividades no ramos de confecções, calçados, cama, mesa e banho”, saindo do negócio de eletroeletrônicos e eletrodomésticos. Na carta, assinada pelo presidente Valdecy Claudino, o comando não explica as razões pelas quais decidiu parar de atuar no varejo eletrônico. Diz apenas que é uma “tendência de mercado”.
A empresa tem sede em Teresina (PI) e faz parte de um grupo chamado Sociedade Comercial Irmãos Claudino, que reúne outras operações de indústria e varejo.
O Magazine Luiza, com a negociação, somará nove pontos do Armazém Paraíba à sua base atual de 29 unidades no Maranhão. E os 39 pontos da rede no Pará serão as primeiras lojas da empresa no Estado.
Com R$ 2,2 bilhões em saldo de caixa em dezembro de 2018, o Magazine ainda fechou acordo para a compra da Netshoes por US$ 62 milhões. A transação ainda não foi concluída.