No fim do mês passado, a ESPNW, parte do canal americano voltado ao esporte feminino, elegeu a maranhense Catarina Macário como jogadora de futebol do ano. Aos 18 anos, a jovem atleta marcou 17 gols e deu 17 assistências em seu primeiro ano atuando por Stanford.
Aos 12 anos, Catarina saiu de São Luís para tentar virar atleta em Brasília. Ainda no colégio, conseguiu uma bolsa de estudos na cidade de San Diego e se mudou com o pai e o irmão para os Estados Unidos.
Catarina se tornou uma lenda na ECNL (Elite Clubs National League), a liga competitiva de futebol feminino juvenil nos Estados Unidos – sub-14 à sub-19. Foram 50 gols marcados na sub-14 e 165, somando todas as categorias, que fazem dela a maior artilheira de todos os tempos na competição – isso porque ela praticamente não jogou na sub-16 por conta de lesão.
Nesta temporada, passou a disputar o esporte universitário, a NCAA, pela Universidade de Stanford e foi responsável por um dos melhores anos da história da instituição no futebol feminino. Está em sua primeira temporada e marcou 17 gols e deu 17 assistências em 25 jogos pelo Stanford. Se não fosse ela, talvez a equipe não tivesse alcançado 90 gols, quebrando um recorde que durava desde 2009.
Técnica com a bola, noção de espaço, visão de jogo e força física. Catarina é a união do futebol brasileiro com o norte-americano. “Quando me mudei para cá, o que mais notei é que o jogo aqui é muito mais físico. No Brasil, é mais técnico, de habilidade. Aqui, precisamos ser rápidas e fortes também”, comenta a garota.
A maranhense já recebeu propostas e deve defender a seleção dos Estados Unidos quando virar atleta profissional. Nos últimos anos, ela defendeu o país nas categorias de base, mas para conseguir atuar profissionalmente pelos EUA precisa completar 23 anos de idade, por conta de uma regra da Fifa sobre naturalização.
Em 2014, uma reportagem do Jornal Nacional contou a história de Catarina e sua família, na época recém chegada à San Diego.
Confira vídeo abaixo: